A chamada “melhor fase” (1 ano 8 meses)
Naquela fase em que se escuta dezenas de palavras e frases completas, tudo sem o erre (r): cao, dumiu, caamba, oupa (roupa), aozo (arroz), pincesa, pínce (príncipe), oça (roça), quadado (quadrado)…
Naquela fase em que a energia está a mil; ela não anda, corre. Não para nem um segundo, nem quando esteve com febre por causa de uma virose há uma semana (a primeira em 1 ano e 7 meses).
Naquela fase em que se encaixa tudo, que deixa o Lego espalhado pela casa e a gente, às vezes, pisa.
Naquela fase em que aprendeu a dizer “não”, mas pela ascendência paraibana diz: qué não!
Naquela fase em que o grude é com a mamãe e não deixa o papai ficar no quarto quando vai dormir.
Naquela fase em que aprende tudo muito rápido e repete tudo que se fala em casa; já conta até dez, reconhece os números e as formas: triângulo, quadrado, círculo e o oval!
Naquela fase em que o lápis de cera fica inteiro menos de 10 minutos e todos pedacinhos ficam espalhados na sala. Aliás, lápis é uma das palavras mais gostosas que se ouve aqui: “tápis!”. Além dessa, claro, livro também é uma delícia; é com sotaque engraçado: “uivo”.
Naquela fase em que o amor é incondicional e eterno; que é a luz de nossas vidas.
Naquela que é chamada de “melhor fase”.
(Foto: Fernanda Freixosa)