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1 ano

Uma carta antiga, uma dica importante.

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Cortar o cordão umbilical depois do nascimento é um dos desafios mais difíceis da maternidade. Mas, muito importante. Depois de três anos (Helena com 4 hoje) ainda sinto aquela dorzinha daquela noite descrita nesta carta e as vantagens por ter enfrentado o desafio. Por outro lado, ainda sinto a dificuldade de cortar de vez o umbigo, uma vez que me tornei 100% mãe nos últimos dois anos. Não há regras, há o equilíbrio entre o bom senso e o coração. Há, na prática, uma coisa a se fazer: ser persistente.

Viajar com crianças – O que levar?

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É sempre um tormento fazer malas e deveras desesperador chegar a um lugar, por mais perto que seja, e se dar conta de que esquecemos algo. Pode ser um simples casaco (por causa de um frio inesperado), um brinquedo que ela mais gosta ou até um remédio – nem sempre é fácil achar para comprar.

Se há uma coisa que não dispenso antes de viajar é uma lista. A outra coisa que sempre considero é levar itens de forma a reduzir ao máximo as mudança de rotina e criar um ambiente em que a criança possa, de alguma forma, se sentir em casa. Não é tão difícil se você planejar. Mesmo que seja em cima da hora, faça uma lista e divide-a em temas para se organizar melhor.

Creio que a minha lista serve para crianças de 1 a 4 anos. Fiz pequenas inserções (e comentários) para incluir os menores de um ano. As quantidades sugeridas são para cerca de 3 dias e estou considerando tempo bom. Se for viajar para o frio, inverta tudo para manga longa e calça e adicione casacos. Lembre-se: com criança, é sempre bom levar mais do que menos.

Roupas – calcule aproximadamente 3 trocas (1 e 2 anos) por dia de acordo com a previsão do tempo. Se a criança já for um pouco maior (3 e 4 anos) reduza para 2 trocas. Uma coisa importante é levar sempre 1 troca de roupa da estação do ano inversa, caso ocorra mudança de temperatura.

– 5 camisetas (6 bodies para bebês)

– 2 calças leves

– 5 shorts (para meninas pode ser 3 shorts e 2 vestidinhos)

– 2 casaquinhos leves

– 2 conjuntos de moletom (para os menores de 1 pode ser macacão)

– 1 casaco quente (por segurança)

– 2 pijamas

– 4 pares de meia

– 4 calcinhas/cuecas

– 3 pares de sapatos (normalmente levo 1 tênis, 1 sandália coringa e 1 crocs)

– 1 chinelo de dedo (se já usa)

Para piscina/praia

– 2 maiôs/sungas

– 1 camiseta manga longa (tipo de surf) para proteger de sol forte

– 1 boné/chapéu

– 1 boia

– 1 brinquedo de água

– 1 roupão

– 4 fraldas de piscina (se a criança usar fraldas)

 

Higiene/Banho

– Fralda descartável (se usar fralda o dia todo, calcule 5 fraldas por dia)

– Cotonetes

– Escova de dente

– Pasta de dente (se usar)

– 1 pomada contra assadura

– 1 pacote de lenço umedecido (1 saco de algodão para os menores)

– 1 sabonete banho (pedra ou líquido)

– 1 shampoo e condicionador (se usar)

– 1 hidratante pequeno

– 1 toalha de banho + toalha fralda (quando Helena tinha menos de 2 anos eu sempre levava, mesmo em hotel)

– Banheira portátil (caso não tenha no local e se a criança ainda não toma banho em pé)

– 1 frasco médio de álcool gel

 

Quarto/cama

– 1 manta ou cobertor

– 2 jogos de lençol (no caso das crianças que usam berço)

– 1 travesseiro com fronha

– 1 saco de roupa suja

– 1 babá eletrônica

– 1 trocador de plástico (no caso das crianças que usam fraldas)

– 1 grade para cama ou berço portátil  (caso não tenha no local)

– Naninhas e paninhos da preferência da criança

– Paninhos de boca para os bebês

 

Alimentação – a partir dos 2 anos eles começam a comer o que comemos, fica mais fácil. Mas sempre acabo levando coisas do dia a dia da Helena, pois é difícil achar, mesmo nos hotéis mais equipados, aquele suco, aquela fruta etc.

– 1 pratinho e colher preferidos

– 2 copos para água, suco e ou leite (madeiras e esterilizador para os bebês)

– Frutas de preferência (para evitar mudança brusca de alimentação)

– Biscoito ou lanche de preferência (costumo levar biscoito de polvilho)

– Leite em pó (ou fórmula para os bebês)

– Esponja para lavar copos e/ou mamadeiras (sempre levo!)

 

Kit farmacinha

 – analgésico e/ou antitérmico (levo ambos, tylenol e novalgina)

– pomada antialérgica para picadas de insetos

– antialérgico via oral

– remédio contra enjoo

– solução nasal (uso rinosoro ou nasoclean spray contínuo)

– antisséptico

– algodão e gaze

– curativos (ex. band-aid)

– repelente (apropriado para idade da criança)

– seringa ou copinho com medição

– pomada de arnica pediátrica

 

Outros

Levo sempre

– Brinquedos preferidos (para nós, funciona bem uma caixa de lego e um quebra-cabeça, além de lápis e papel para colorir)

– Livros para hora de dormir

– Lanche à mão

– Roupa extra à mão caso precise fazer troca em trânsito

– Carrinho para transporte da criança dependendo do local

Nunca esquecer

– Certidão de nascimento da criança

– Carteirinha do plano de saúde

– Telefone do pediatra

 

Carta: o verbo ensinar

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Helena,

Você me ensinou, ao longo desse 1 ano e 9 meses, que a vida não tem graça se a gente não cria relações em que haja dependência mútua. A verdade é que você depende de mim e eu dependo de você.

Você me ensinou que ser livre não é não ter nada que nos prenda à vida e sim, ter a liberdade de fazer escolhas com a sensação de pertencimento.

Você me ensinou a ter paciência…

Você me ensinou tudo isso sem querer.

Não é incrível?

O verbo “ensinar” significa passar (a alguém) conhecimentos práticos ou teóricos, instruções, informações sobre (matéria, assunto, arte, técnica, dúvida etc.); doutrinar, lecionar.

Isso me fez lembrar que semana que vem você terá o seu primeiro dia na escola – Maternal I. Você vai aprender muitas coisas; a professora Andreza (eu já a conheci) irá te ensinar muitas coisas. É, sem dúvida, uma nova fase nas nossas vidas.

Eu e o papai estamos muito felizes por isso e, mais ainda, estamos confiantes de que você irá gostar muito dessa nova fase. Mais do que aprender, você vai experimentar novas descobertas e novas relações. Creio que você irá me ensinar muito ainda. Acredito que nós duas temos muito que aprender uma com a outra.

Enquanto isso, aquele nosso momento – quando você vai dormir – em que eu te conto uma história cuja parte final tem o “soninho”(seu amigo que às vezes se atrasa um pouco porque pega trânsito) terá sempre o meu “obrigada” por você existir na minha vida. Hoje, antes de dormir, já no escuro, você cantou para mim: “amo você, você me ama, somos uma família feliz…”

 

Meu carinho é pra você.

Aí vai meu coração,

Mamãe.

(Foto: Fernanda Freixosa)

A chamada “melhor fase” (1 ano 8 meses)

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Naquela fase em que se escuta dezenas de palavras e frases completas, tudo sem o erre (r): cao, dumiu, caamba, oupa (roupa), aozo (arroz), pincesa, pínce (príncipe), oça (roça), quadado (quadrado)…

Naquela fase em que a energia está a mil; ela não anda, corre. Não para nem um segundo, nem quando esteve com febre por causa de uma virose há uma semana (a primeira em 1 ano e 7 meses).

Naquela fase em que se encaixa tudo, que deixa o Lego espalhado pela casa e a gente, às vezes, pisa.

Naquela fase em que aprendeu a dizer “não”, mas pela ascendência paraibana diz: qué não!

Naquela fase em que o grude é com a mamãe e não deixa o papai ficar no quarto quando vai dormir.

Naquela fase em que aprende tudo muito rápido e repete tudo que se fala em casa; já conta até dez, reconhece os números e as formas: triângulo, quadrado, círculo e o oval!

Naquela fase em que o lápis de cera fica inteiro menos de 10 minutos e todos pedacinhos ficam espalhados na sala. Aliás, lápis é uma das palavras mais gostosas que se ouve aqui: “tápis!”. Além dessa, claro, livro também é uma delícia; é com sotaque engraçado: “uivo”.

Naquela fase em que o amor é incondicional e eterno; que é a luz de nossas vidas.

Naquela que é chamada de “melhor fase”.

(Foto: Fernanda Freixosa)

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